
Nem bem começou sua campanha, o candidato ao Senado pela coligação “Viva Mato Grosso”, Rui Prado (PSD), já se deparou com as primeiras dificuldades. O setor produtivo do Estado, base eleitoral do social-democrata, estaria temendo dar apoio ao projeto dele rumo às urnas.
Prado já teria, inclusive, sido procurado por lideranças do setor que teriam lhe pedido para mudar de ideia quanto à candidatura e não colocar o “bloco na rua”. O temor seria quanto a possível interpretação de que o setor estaria apoiando também a candidatura ao governo do Estado do deputado estadual José Riva (PSD), cabeça da coligação na qual Prado está inserido.
Acontece que Prado, ex-presidente da Famato, é apenas uma das lideranças do agronegócio a pleitear um cargo eletivo neste ano. O ex-presidente da Aprosoja, Carlos Fávaro (PP), também está no páreo e do lado oposto. O progressista é candidato a vice-governador na chapa de Pedro Taques (PDT) ao comando do Paiaguás.
Nodia da convenção do PDT, Fávaro chegou a afirmar a existência de um “acordo de cavalheiros” entre ele o social-democrata para que eles não disputassem o mesmo cargo. Prado, no entanto, negou a informação. Segundo ele, o acordo nunca foi levado em conta tendo em vista que ele sempre procurou ser candidato ao governo ou ao Senado e não a vice.
Na oportunidade, o ex-presidente da Famato ainda garantiu que era candidato com o apoio das entidades que representam o setor rural em Mato Grosso. Desde o final de 2013 o agronegócio vem procurando meios de participar de forma mais ativa do processo eleitoral. Entre as metas estava a de encontrar candidatos.
Para isso, várias entidades que representam o setor passaram a se reunir em um fórum que discutiu, por meio de reuniões pelo interior do Estado, os principais anseios dos produtores de todo o Mato Grosso. A ideia inicial era de que do fórum pudesse sair um nome de consenso para disputar o comando do Paiaguás. A avaliação era a de que o setor havia perdido muito durante a gestão do governador Silval Barbosa (PMDB).
Um dos pontos mais criticados foi a aplicação de 30% dos recursos do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) nas obras ligadas à Copa do Mundo, ao passo que as estradas por meio das quais a produção agrícola é escoada pereciam.
Outra queixa foi quanto aos sucessivos aumentos da Unidade de Padrão Fiscal (UPF-MT), que chegou a ser reajustada em 100% durante 2012. O valor afeta diretamente os produtores porque é a base do valor cobrado para abastecer o Fethab.
GUERRA AO SENADO
Embora não sejam diretamente ligados ao setor, os outros dois candidatos ao Senado, deputado federal Wellington Fagundes (PR) e o já senador Jayme Campos (DEM), também lutam para conquistar o apoio dos produtores rurais.
Folhamax