
Muitas obras que são importantíssimas para o Município estão paradas há mais de um ano. A creche do Setor Sol Nascente, o CRAS ao lado a Escola Paulo Freire, a ampliação do Centro dos Idosos e o Aterro Sanitário, são obras que iniciaram, mas que por algum motivo desconhecido, não foram concluídas.
Os vereadores na atual legislatura tentaram descobrir as causas que levaram à interrupção dos trabalhos, mas não conseguiram obter nada esclarecedor. Nos corredores alguns comentavam que a culpa era da gestão passada. Já outros diziam que isso estava sendo usado como desculpa pela atual gestão para não terminar as obras. Por conta disso, a Câmara Municipal de Canarana aprovou o pedido de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Obras.
Ela é presidida pelo vereador Gilmar Miranda (PROS), tem como relator o vereador Renato Locatelli (PSD) e como membro o vereador Francisco Cavalcante (PR). A CPI terá direito a ter acesso a todos os documentos dessas obras, como licitação, pagamentos, entre outros. O prazo para concluir os trabalhos é de 150 dias. “A Câmara quer dar uma resposta à população e de forma efetiva punir os responsáveis pela demora nas obras”, disse Locatelli.
Conforme o vereador Locatelli, no caso da creche do Setor Sol Nascente, já se descobriu que 47% da obra foi concluída, mas a Administração Municipal anterior teria pagado para a construtora 87% do recurso, a qual por sua vez, alegando dificuldades financeiras, não deu prosseguimento aos trabalhos. Renato disse ainda que não foi realizada a prestação de contas das obras e que o prazo para conclusão das mesmas já extrapolou.
Por causa disso, o restante do recurso para concluir as mesmas teria sido perdido e retornado aos cofres federais. A CPI investigará se foi realizada alguma ação incorreta e de quem é a culpa. O vereador Paulinho Enfermeiro (PPS), disse que recebeu informações de que a atual Administração estaria realizando novos processos licitatórios para concluir estas obras. As informações ainda são desencontradas, com muitos comentários extraoficiais e várias acusações de ambos os lados.
Nos bastidores comenta-se que tudo não passa de disputa política, em que a administração passada não facilitou para a gestão que assumiu para a mesma dar continuidade; e a atual, por sua vez, para não dar prosseguimento ao que foi começado pela anterior, também não fez nenhum esforço para concluir as obras. São conversas de bastidores.
Quem sofre é a população. O CRAS hoje, por exemplo, funciona junto à Secretaria de Ação e Promoção Social, onde mais de 20 funcionários trabalham em um local apertado para atender dezenas de serviços. Sofrem os funcionários, sofre a população, enquanto as obras estão paradas por irresponsabilidade de algumas pessoas.
Fonte 24horasnews